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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Hidroterapia, o uso terapêutico da água




EU E A MINNHA TERAPEUTA GISELE






Os portadores de deficiências causadas por Paralisia Cerebral têm muitas barreiras em seu dia-a-dia. Mesmo sem a possibilidade de reabilitação total, o correto tratamento é de grande importância para que o quadro não se agrave. Para evitar o agravamento das lesões são utilizadas algumas técnicas de fisioterapia como a hidroterapia. Nesta técnica, são utilizados aparelhos de apoio como bóias, flutuadores e barras, que ajudam na realização dos exercícios.

Além de encorajamento de atividades funcionais e melhoria do equilíbrio e da postura. Estes resultados obtidos com exercícios aquáticos devem-se principalmente ao empuxo da água, pois este alivia o estresse sobre as articulações que sustem o peso e assim permitem a realização de movimentos mesmo antes de serem possíveis no solo.

O empuxo da água alivia o estresse sobre as articulações e permite que se realize movimentos em forças gravitacionais reduzidas. A imersão na água e a temperatura também trazem benefícios já que permitem que o corpo trabalhe em temperatura constante, sem as alterações normais que ocorrem no ambiente externo. Entre os benefícios do exercício na água temos o alívio de dor e espasmos, o aumento na amplitude de movimento das articulações, fortalecimento dos músculos e melhoria da circulação.


Durante a realização dos exercícios, é importante que a pessoa sinta-se segura e confiante. Os apoios devem ser precisos, pois além da sustentação, fornecem estimulação tátil e a melhora da consciência corporal.

Na água, os pontos de resistência normais (contato com o solo) são substituídos pelo centro de equilíbrio corporal, que está localizado logo abaixo da cintura. É nesta região que o apoio deve ser realizado. É importante que a quantidade de apoio seja a mínima para o paciente ainda trabalhe seu controle.

O uso do spaghetti facilita a flutuação, porém, utilizado sem outros equipamentos é muito instável para a manutenção da criança, bem como os demais similares analisados. Pretende-se, então, o uso da propriedade de flutuação do spaghetti com acessórios adicionais para o equipamento.

Além disso, conclui-se que seria indicado o desenvolvimento de um equipamento que permitisse uma flutuação e sustentação mais segura da pessoa para que o acompanhante/fisioterapeuta possa movimentar seus membros superiores e inferiores na realização dos exercícios.

Atividades Aquáticas para Grupos Especiais

É inegável não percebermos a devida importância das atividades aquáticas mesmo para determinados grupos especiais, tais como gestantes, bebês, portadores de necessidades especiais, terceira idade, asmáticos e pessoas que necessitam de reabilitação postural, os quais tendem a sofrer positivamente com os inúmeros benefícios que a prática física em meio líquido pode proporcionar.


No caso dos portadores de necessidades especiais, basta atentar-se para o enorme sucesso da natação paraolímpica que fica mais fácil a compreensão de como as atividades aquáticas podem ser extremamente relevantes para o enredo físico e psicológico de tais indivíduos "especiais". A utilização terapêutica da água consiste na arte de combinar as muitas variáveis p/ produzir um resultado significativo, possibilitando aos indivíduos o prazer da vivência aquática. E os profissionais de Educação Física e Fisioterapia conscientes de seus papéis enquanto educadores, devem sempre acentuar e enaltecer as capacidades e virtudes e, não lamentar as eventuais deficiências e carências do indivíduo.


Hidroterapia: o papel dos fisioterapeutas

A água é um meio maravilhoso para os exercícios e oferece oportunidades estimulantes para os movimentos que não estão dentro dos programas tradicionais de exercícios em solo. Desta forma, entra em cena um profissional da saúde capaz de contribuir substancialmente às deficiências da população em geral: o fisioterapeuta.

O termo hidroterapia é derivado das palavras gregas hydor (água) e therapia (cura), sendo atualmente muito utilizada com o propósito de recuperação ou reabilitação de determinada lesão.

Modalidade de Fisioterapia compreendendo exercícios, manipulações e mobilizações, utilizando técnicas cientificamente experimentadas. Estas técnicas baseiam-se em conceitos de Fisiologia do Exercício e Biomecânica e tomam partido das propriedades físicas da água, particularmente empuxo (efeito de flutuação), pressão hidrostática e turbulência, assim como a densidade substancialmente distinta daquela do ar. A eficácia do tratamento é plena quando a água é aquecida a uma temperatura agradável ao paciente, na faixa de 32 a 33°C (dependendo da temperatura exterior, propiciando um padrão de relaxamento neurológico e muscular e emocional).

A Hidroterapia é eficaz em patologias neurológicas, músculo-esqueléticas e cardiorrespiratórias, buscando a recuperação funcional e a reeducação motora.

Nas patologias neurológicas, utiliza os estímulos exteroceptivos gerados pela imersão em um meio (líquido) distinto daquele (gasoso) onde se desempenham habitualmente as atividades da vida diária. Corrige-se assim a propriocepção afetada e obtém-se a reeducação motora. Aumenta-se a confiança do paciente para explorar e desenvolver suas potencialidades, reforçada pela redução do temor de quedas ao solo, inexistentes na água.

Nas patologias do sistema cardiorrespiratório, trabalha com a resistência ao deslocamento exercida pela água, em intensidade marcantemente superior àquela exercida pelo ar, permitindo elevadas intensidades de exercícios sem aumento da freqüência cardíaca.

As técnicas hidroterápicas principais são o Método Halliwick, o Método dos Anéis de Bad Ragaz e Técnicas de Relaxamento Aquático com Finalidades Fisioterápicas. Estas últimas empregam técnicas de relaxamento passivo derivadas do Watsu e de relaxamento ativo derivadas do Ai Chi, propiciando relaxamento muscular e emocional e tornando o organismo receptivo às atividades fisioterapeuticas que empregam manipulações derivadas dos Métodos Watsu e Ai Chi, com finalidades de reabilitação física e funcional.

A popularidade e o valor crescente da hidroterapia parecem ser salientados por um aumento da pesquisa em muitos aspectos diferentes da água, como o estudo da fisiologia dos exercícios aquáticos (CAMPION, 2000).

Um dos objetivos primordiais dos fisioterapeutas é o conhecimento do potencial da água de modo que as vantagens e benefícios da hidroterapia venham à tona, a fim de que a mesma possa ser encarada como uma modalidade de tratamento e reabilitação, alcançando altos níveis de difusão na sociedade.

O reconhecimento dos tratamentos para os quais as características e propriedades da água podem ser utilizadas para criar técnicas que acentuem a atividade aquática como parte integral de todo tratamento físico e psicológico e das condições variadas de muitos irá assegurar o lugar da hidroterapia para a reabilitação total dos indivíduos.

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