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segunda-feira, 22 de março de 2010

Dança de cadeirantes é arte sobre rodas





PRONTA PARA DANÇAR!!!

A dança com cadeiras de rodas é feita por movimentos, e não passos como nas outras danças. “Isso dá um poder de criação que outras danças não permitem”.

Todo este processo é um desafio, pois é necessária disponibilidade do cadeirante e do andante para este trabalho de percepção, assim como, disponibilizar o seu corpo para situações antes não experimentadas. Há uma grande responsabilidade de ambas as partes na dança com uma pessoa com deficiência, pois o corpo do cadeirante tem respostas diferentes às situações de desequilíbrio e velocidade. É preciso lembrar que a dança com qualquer pessoa explora a experimentação dos movimentos e do corpo e, às vezes, isto pode resultar em acidentes inerentes ao próprio processo. Porém, quando isto ocorre com uma pessoa com deficiência física, o olhar para tal situação se modifica, pois este corpo é considerado mais frágil.

Percebi a resistência no grupo por falta de disponibilidade da família do cadeirante (deslocamento, compromisso com ensaios) ou pelo próprio preconceito da pessoa com deficiência. Também ocorreu resistência por parte do andante que teve medo de realizar passos que pudessem ter algum risco, por mais que o cadeirante se sentisse bem em realizá-lo. Essas resistências são vencidas com diálogo, observação e respeito pelo limite do outro.

O aprendizado constante e saber que você está possibilitando uma melhor qualidade de vida (englobando não somente a parte física e motora, como a social e cognitiva) para essas pessoas, através da dança e das atividades desenvolvidas, com certeza me fez ver a vida por um outro ângulo, valorizando cada minuto as coisas que eu tenho e respeitando sempre as diferenças entre as pessoas.




sábado, 20 de março de 2010

A voz das minorias e dos excluídos


“... Tratar os iguais sem fazer distinção e a ajudar a todos ,e aos desiguais acabaremos com seus preconceitos, mostrando a eles que mesmo com limitações é possível fazermos á diferença”. Gisele Gomes


Excluídos no nível de grupos sociais:

- minorias étnicas (indígenas, negros);
- minorias religiosas;
- minorias culturais.

Excluídos de gênero: mulheres e crianças.


Excluídos por idade: crianças e idosos.


Excluídos por aparência física: obesos, deficientes físicos, pessoas calvas, pessoas

mulatas ou pardas, portadores de deformidades físicas, pessoas mutiladas.

Excluídos do universo do trabalho: desempregados e subempregados, pessoas pobres em geral.

Excluídos do universo sócio-cultural: pessoas pobres em geral, habitantes de periferia dos grandes centros urbanos.

Excluídos do universo da educação: os pobres em geral, os sem escola, as vítimas da repetência, da desistência escolar, da falta de escola junto a seus lares; deficientes físicos, sensoriais e mentais.

Excluídos do universo da saúde: pobres em geral, doentes crônicos e deficientes físicos, sensoriais e mentais.

Excluídos do universo social como um todo: os portadores de deficiências físicas, sensoriais e mentais, os pobres, os desempregados.

As categorias acima são interpenetrantes. Na tentativa de ordenação das mesmas, fica clara a presença de grupos de pessoas participando simultaneamente de várias categorias de exclusão: de modo geral, a exclusão social bate mais forte no pobre, poupando aqueles que dispõem de melhor condição econômica.



quinta-feira, 18 de março de 2010

SER DIFERENTE É NORMAL!


''Eu não sou diferente, mas apenas faço a diferença, mas isso é com muita competência''


(Gisele Gomes)

Sou professora!!!!!!!!!!!!


Tenho muito orgulho dessa profissão sou professora!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 16 de março de 2010

"...tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam". Rui Barbosa

Como todo país em desenvolvimento, tem os seus problemas: a educação, a saúde, e muitos outros. Entre esses, está a situação das pessoas portadoras de deficiência física. Vítimas de problemas congênitos, enfermidades ou causas traumatólogicas, perfazem 10% de todo o seu contingente.


Como toda minoria, são relegadas a segundo plano, visto não existir uma consciência popular valorativa sobre os seus potenciais, como se a cabeça estivesse na disfunção de um membro locomotor ou no atrofiamento de um braço.


É o retrato de um país que não encara os seus problemas, não sabe transformá-los, aceitando, apenas, os fortes, perfeitos e vencedores.

A sociedade não sabe conviver com essas pessoas. Ainda não conseguiu entender que o maior potencial humano é a mente e, se essa está ilesa, a vida é possível e o trabalho é digno dentro da capacitação.


A informação e o espírito de solidariedade ainda são muito pequenos entre nós. Nunca paramos para pensar como é o dia-a-dia de uma pessoa que tem por pernas quatro rodas de uma cadeira. Estamos sempre ocupados com os nossos próprios problemas, esquecendo-nos de que as fatalidades não avisam, nem escolhem status. Quando deparamos com alguém de muletas ou cadeira de rodas, a idéia é de que está aposentado ou aposentando, embora sirvam as pernas, apenas, para cumprir a simples missão de andar. E, se a pessoa for do sexo feminino, principalmente, presume-se logo que jamais encontrará companheiro, ou, se a seqüela for recente, fatalmente será abandonada por ele.


É como se, de repente, o ser humano se transformasse num objeto sem valor.

É raro vermos uma pessoa deficiente física ocupando um cargo público de comando e, se a fatalidade ocorre durante o exercício do dele, a aposentadoria é compulsória, sem nenhuma chance de readaptação dentro do órgão. Sequer, pensa-se numa transferência para outro cargo mais compatível com a limitação física adquirida. Simplesmente, descarta-se.


Afinal, estamos na era dos descartáveis. É um marco da personalidade brasileira e do machismo arraigado de governantes desinformados que não sabem buscar, transformar, aproveitar, mesmo tanto tempo depois da teoria de Lavoisier: "...nada se perde, tudo se transforma". Quando uma parte do corpo se fragiliza, as outras se encarregam do trabalho, provando que não há problema sem solução.


A mídia é a grande responsável por essa imagem, tão negativa, do deficiente físico. Fulcrada em desinformações, as novelas banem até a sua sexualidade, forçando-o, mesmo, a tornar-se um cadáver vivo. Estar deficiente, fisicamente, não significa estar assexuado. Sempre há uma saída, tendo em vista a lei da compensação e a perfeição da natureza. É costume, também, mostrar a penúria, a fatalidade, a invalidez do incapacitado físico, e nunca o seu trabalho digno, a sua competência, o seu esforço para vencer barreiras. Vê-se sempre o invólucro, e nunca o conteúdo. É pena que não entendam que do mínimo indispensável é possível construir uma obra de arte. "O essencial é mesmo invisível aos olhos. É preciso buscar com o coração".


Apesar de não sermos detentores dos nossos movimentos físicos, não precisamos da caridade pública e não devemos ser excluídos do sistema sócio-econômico e político do país. Precisamos ser reconhecidos como força de trabalho, com o direito de competirmos e mostrar que somos capazes, quebrando tabus, preconceitos e discriminações. "...tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam". Sabedoria máxima de Rui Barbosa, que bem pode ser aplicada aos incapacitados físicos. Afinal, somos desigualdades, mas merecemos respeito e temos o direito de legar a nossa participação de trabalho.




_em empresas, com mais de 100 empregados, a deficientes. Na medida em que a sociedade provê meios para que o deficiente possa atuar produtivamente no sistema capitalista em que vivemos, estará realizando um investimento social, vez que o deficiente deixará de ser um consumidor de políticas de previdência e assistência social para capacitar-se como produtor de receitas públicas mediante o recolhimento de impostos sobre sua atividade profissional.


Assim, estaremos participando e ostensivamente reivindicando o nosso espaço, pois, primeiro o fato social, depois as normas. Sabe-se que casas de diversões públicas, com capacidade para mais de 100 pessoas, deverão ter acesso e banheiros adaptados para deficientes, bem como restaurantes e hotéis. Pena, que os já existentes - pseudos banheiros adaptados - nada têm a ver conosco. São somente fachadas. Embora exibam grande adesivo do deficiente físico, apenas iludem os andantes e servem aos muletantes. É como se, de repente, a gente num passo de mágica pudesse ficar de pé, empurrar a cadeira para fora, fechar a porta e sentar- se no vaso, dada a exiguidade de espaço e a falta de conhecimento sobre o dia-a-dia de um cadeirante, além do desrespeito ao seu pudor. Não há consciência popular. Nesses empreendimentos não há consulta prévia aos seus reais usuários. É como se fosse a feitura de obras eleitoreiras. Lamentável!


Sabemos que nem todos os artigos são auto-aplicáveis, necessitando de leis regulamentadoras (federais, estaduais e municipais), que morosamente arrastam-se pela burocracia. Mas, já é um avanço que tem melhorado a qualidade de vida do deficiente físico, aumentando-lhe a auto-estima e proporcionando-lhe o sustento com o próprio trabalho. Ouso dizer que não se deve dar ao homem o que ele pode conseguir com fruto do seu trabalho, sob pena de roubar-lhe a dignidade.


Depois, é o trabalho uma verdadeira terapia, que nos devolve o sentimento de utilidade e a oportunidade merecida para provarmos que poderemos ser, não apenas força produtiva, mas, força transformadora para aumentar a esperança em um país justo e progressista, diminuindo-lhe os problemas sociais, além de servirmos de motivação e incentivo aos muitos paralíticos andantes, que se estribam numa ociosidade crônica para nada fazerem ou mal fazerem.


Com a abertura do mercado de trabalho, através da Carta Magna, chegou a hora de provar a que viemos. Chegou a hora de mostrarmos à sociedade que o mais perfeito caminhar executa-se com mente, além do famoso "querer é poder". Chegou a hora de darmos exemplo.


Não obstante os muitos cerceamentos que sofremos na pele, impostos pela deficiência, temos que rebatê-los com uma só ação: CORAGEM de ir à luta e vencer, deixando sempre à amostragem a competência, o preparo técnico científico peculiar ao desempenho da função que conquistarmos, nunca nos escudando sob o pretexto da deficiência para auferirmos vantagens ou buscar protecionismo. Não há discriminação que resista à competência.


Agora, resta-nos exigir o cumprimento das leis na satisfação dos direitos. Necessário se faz um trabalho conscientizador a partir do próprio deficiente, da sua família (que deve se engajar) até à sociedade e governantes, tão desinformados sobre os potenciais humanos. É preciso que a sociedade troque os sentimentos de paternalismo, compaixão ou desprezo por outros valorativos, respeitosos e reconhecedores, devolvendo ao deficiente físico a cidadania, o direito de participar dessa caminhada que chamamos de VIDA.


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domingo, 14 de março de 2010

Deficiência Mário Quintana


"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."

sábado, 13 de março de 2010

Auto- estima !



Realmente há tanta exclusão com os deficientes? No colégio, na faculdade, no trabalho, na Igreja, enfim, nunca sofri ou percebi algum tipo de discriminação. Com a quantidade de deficientes que vivem escondidos em seus lares e não conseguem alcançar seus objetivos pessoais e profissionais. Então comecei a refletir porque apenas alguns deficientes (independente de sua deficiência) conseguem sucesso pessoal e profissional.

a grande diferença está na família, na maneira de como fomos criados. Na maioria das vezes, por despreparo e por um preconceito interno, familiares super-protegem seus filhos achando que esta é a maior prova de amor, quando, na verdade, eles estão eliminando de vez a possibilidade desta criança se tornar um adulto feliz e realizado. Tal superproteção é nociva tanto para filhos com deficiência ou não. Outro aspecto que diferencia as pessoas é a forma de como elas encaram a realidade e a discriminação. Quantas pessoas, não necessariamente deficientes, são extremamente preconceituosas consigo mesmos?

Quantas vezes não ouvimos esses a grande diferença está na família, na maneira de como fomos criados. Na maioria das vezes, por despreparo e por um preconceito interno, familiares super-protegem seus filhos achando que esta é a maior prova de amor, quando, na verdade, eles estão eliminando de vez a possibilidade desta criança se tornar um adulto feliz e realizado. Tal superproteção é nociva tanto para filhos com deficiência ou não. Outro aspecto que diferencia as pessoas é a forma de como elas encaram a realidade e a discriminação. Quantas pessoas, não necessariamente deficientes, são extremamente preconceituosas consigo mesmos?

Quantas vezes não ouvimos esses a grande diferença está na família, na maneira de como fomos criados. Na maioria das vezes, por despreparo e por um preconceito interno, familiares super-protegem seus filhos achando que esta é a maior prova de amor, quando, na verdade, eles estão eliminando de vez a possibilidade desta criança se tornar um adulto feliz e realizado. Tal superproteção é nociva tanto para filhos com deficiência ou não. Outro aspecto que diferencia as pessoas é a forma de como elas encaram a realidade e a discriminação. Quantas pessoas, não necessariamente deficientes, são extremamente preconceituosas consigo mesmos?

Quantas vezes não ouvimos esses relatos ou quem sabe tivemos esses pensamentos:

Sou horrível, todo mundo não pára de me olhar... Eu não vou à praia, estou muito gordo... Sabia que ela não ia querer nada comigo, sou muito baixinho! Preconceitos ainda existem, entretanto, grande parte deles estão na própria pessoa. Muitas delas usam de uma condição particular para se acomodar ou fugir de alguma realidade.

Limitações externas como:

- paralisia, surdez, mudez, cegueira e/ou limitações mentais não são fatores que impedem a nenhum ser humano de ser plenamente feliz e realizado em todos os aspectos. Porém, as deficiências internas que cegam, ensurdecem e paralisam nosso coração, essas sim são capazes de arruinar verdadeiramente qualquer pessoa. Quantas modelos e atrizes lindas são deficientes de auto-estima e de amor próprio? Quantas não morrem nas mesas de cirurgias plásticas porque não suportavam mais viver com alguns milímetros a mais de cintura? Quantas pessoas são deficientes deamor, de perdão, de compaixão e de solidariedade? Quanta deficiência não temos de entender e aceitar o próximo como ele é? Tudo isso é refletido através das guerras, da violência, da fome e da destruição das famílias. Somos muito mais deficientes do que imaginamos. Deficiências externas ou sensitivas são facilmente adaptadas ou até mesmo corrigidas através de aparelhos e/ou cirurgias. Mas as deficiências do coração somente a abertura para a Graça de Deus é capaz de curá-las e, para estas, não existem adaptações capazes de melhorar a vida dessas pessoas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Deficiência física



Errado: Evitar falar com os deficientes sobre coisas que uma pessoa normal pode fazer e eles não.
Certo: Conversar normalmente com os deficientes, falando sobre todos os assuntos, pois é bom para eles saberem mesmo das coisas que não podem ouvir, ver ou participar por causa da limitação de movimentos.
Errado: Elogiar ou depreciar uma pessoa deficiente, somente por ela ser limitada.
Certo: Tratar o deficiente como alguém com limitações específicas da deficiência, porém com as mesmas qualidades e defeitos de qualquer ser humano
Errado: Superproteger o deficiente, fazendo coisas por ele.
Certo: Permitir que o deficiente desenvolva ao máximo suas potencialidades, ajudando-o apenas quando for realmente necessário.
Errado: Chamar o deficiente pelo apelido relativo à sua deficiência (ex.: surdinho, surdo, mudo, cego, maneta etc.), pois ele pode se ofender
Certo: Chamar a pessoa deficiente pelo nome, como se faz com qualquer outra pessoa.
Errado:Dirigir-se à pessoa cega como se ela fosse surda, fazendo esforço para que ela ouça melhor. O cego não é surdo.
Certo: Conversar com o cego em tom de voz normal.
Errado: Referir-se à deficiência da pessoa como uma desgraça, como algo que mereça piedade e vá ser compensado no céu.
Certo: Falar da deficiência como um problema, entre outros, que apenas limita a vida em certos aspectos específicos.
Errado: Demonstrar pena da pessoa deficiente.
Certo: Tratar pessoa deficiente como alguém capaz de participar da vida em todos os sentidos.
Errado: Usar adjetivos como "maravilhoso", "fantástico" etc., cada vez que se vê uma pessoa deficiente fazendo algo que aparentemente não conseguiria (por exemplo, ver o cego discar o telefone ou ver as horas, ver um surdo falar e/ou compreender o que lhe falam).
Certo: Conscientizar-se de que a pessoa deficiente desenvolve estratégias diárias e superando normalmente os obstáculos, e não mostrar espanto diante de um fato que é comum para o deficiente.
Errado: Referir-se às habilidades de um deficiente como "sexto sentido" (no caso do cego e surdo, por exemplo) ou como uma "compensação da natureza".
Certo: Encarar como decorrência normal da deficiência o desenvolvimento de habilidades que possam parecer extraordinárias para uma pessoa comum.
Errado: Evitar usar as palavras ver, ouvir, andar, etc., diante de pessoas que sejam cegas, surdas ou privadas de movimentos.
Certo: Conversar normalmente com os deficientes, para que eles não se sintam diferenciados por perceptível constrangimento no falar do interlocutor.
Errado: Deixar de oferecer ajuda a uma pessoa deficiente em qualquer situação (por exemplo, cego atravessando a rua, pessoa de muleta subindo no ônibus etc.), mesmo que às vezes o deficiente responda mal, interpretando isto como gesto de piedade. A maioria dos deficientes necessita de ajuda em diversas situações.
Certo: Ajudar o deficiente sempre que for realmente necessário, sem generalizar quaisquer experiências desagradáveis, atribuindo-as somente a pessoas deficientes, pois podem acontecer também com as pessoas normais.
Errado: Supervalorizar o deficiente, achando que ele pode resolver qualquer problema sozinho (por exemplo, o cego alcançar qualquer porta apenas contando os passos, sem que alguém indique a direção).
Certo: Conscientizar-se de que as limitações de um deficiente são reais, e muitas vezes ele precisa de auxílio.
Errado: Recusar a ajuda oferecida por uma pessoa deficiente, em qualquer situação ou tarefa, por acreditar que não seja capaz de realizá-la.
Certo: Confiar na pessoa deficiente, acreditando que ela só lhe oferecerá ajuda se estiver segura de poder fazer aquilo a que se propõe. O deficiente conhece melhor do que ninguém suas limitações e capacidades.
Errado: Ao falar, principalmente com o cego, dirigir-se ao acompanhante do deficiente, e não ao deficiente, como se ele fosse incapaz de pensar, dizer e agir por si.
Certo: Dirigir-se sempre ao próprio deficiente, quando o assunto referir-se a ele, mesmo que esteja acompanhado.
Errado: Agarrar a pessoa cega pelo braço para guiá-la, pois ela perde a orientação.
Certo: Deixar que o cego segure no braço ou apoie a mão no ombro de quem o guia.
Errado: Agarrar pelo braço pessoas com muletas, ou segurar abruptamente uma cadeira de rodas, ao ver o deficiente diante uma possível dificuldade.
Certo: Ao ver o deficiente diante de um possível obstáculo, perguntar se ele precisa de ajuda, e qual a maneira correta de ajudá-lo. Agarrar um aparelho ortopédico ou uma cadeira de rodas, repentinamente, é uma atitude agressiva, como agarrar qualquer parte do corpo de uma pessoa comum sem aviso.
Errado: Segurar o deficiente, na tentativa de ajudá-lo, quando já houver uma pessoa orientando-o, principalmente no caso do cego.
Certo: Quando houver necessidade ajuda ou orientação, apenas uma pessoa deve tocar o deficiente, a não ser em situações muito específicas, que peçam mais ajuda (por exemplo, carregar uma cadeira de rodas para subir uma escada).
Errado: Carregar o deficiente, principalmente o cego, ajudá-lo a atravessar a rua, tomar condução, subir ou descer escadas.
Certo: Auxiliar o deficiente nestas situações apenas até o ponto em que realmente seja necessário, para evitar atrapalhá-lo mais.
Errado: Pegar a pessoa cega pelo braço para colocá-la na posição na posição correta de sentar numa cadeira.
Certo: Colocar a mão do cego sobre o espaldar da cadeira e deixar que ele se sente como achar melhor.
Errado: Guiar a pessoa cega em diagonal quando atravessar a rua.
Certo: Atravessar o cego sempre em linha reta, para que não perca a orientação.
Errado: Tratar o deficiente com constrangimento, evitando falar sobre sua deficiência.
Certo: Conversar naturalmente com o deficiente sobre sua deficiência, evitando porém perguntas em excesso. Na maioria dos casos, ele preferirá falar normalmente sobre aquilo que é apenas parte de sua vida, e não uma coisa anormal ou extraordinária, como possa parecer ao interlocutor.
Errado: Levar o cego a qualquer lugar onde haja mais pessoas e entrar como se ele pudesse ver quem está no recinto.
Certo: Apresentar o cego a todas as pessoas que estejam num local onde ele é levado por outra pessoa vidente.
Errado: Ao receber um cego em sua casa, deixá-lo orientar-se sozinho.
Certo: Ao receber um cego em sua casa, mostre-lhe todas as dependências e os possíveis obstáculos, e deixe que ele se oriente, colocando-se disponível para mostrar-lhe novamente alguma dependência, caso ele ache necessário.
Errado:Constranger-se em avisar o cego de que ele está com alguma coisa errada na sua vestimenta ou aparência física, ou que está fazendo movimentos não usuais, como balançar-se ou manter a cabeça baixa durante uma conversa.
Certo: Conscientizar-se de que o cego, por não enxergar, não segue o padrão de imitação visual, não podendo, portanto, seguir o comportamento aparente das pessoas videntes. Avisar o cego sempre que perceber que ele está com aparência ou comportamento fora do padrão social normal, evitando que ele caia no ridículo.
Errado: Avançar subitamente sobre a pessoa deficiente por achar que ela não vai conseguir realizar uma tarefa (por exemplo, quando o cego está levando o garfo à boca), se o deficiente não solicitar ajuda.
Certo: Permitir que o deficiente realize sozinho suas tarefas, mesmo quando lhe pareça impossível. Só se deve socorrê-lo em caso de perigo.
Errado: Agarrar a pessoa cega com intuito de orientá-la quando ela está caminhando normalmente na rua.
Certo: Deixar que o cego aprenda por si só a transpor os obstáculos da rua, pois ele é capaz de fazê-lo sozinho. Segurar seu braço, exceto no sinal ou diante de algum perigo real, na verdade o desorienta.
Errado: Chamar a atenção para o aparelho de surdez.
Certo: Estimular o uso do aparelho, encarando-o com a mesma naturalidade com que são vistos os óculos.
Errado: Gritar de longe e/ou às costas de uma pessoa surda para chamá-la.
Certo: Para chamar a atenção de uma pessoa surda que esteja de costas, deve-se tocá-la, de leve, no braço, antes de começar a falar com ela.
Errado: Gritar para chamar a atenção de uma pessoa surda que esteja em perigo
Certo: Procurar chegar até ela o mais rapidamente possível, procurando ajudá-la. Lembrar que uma pessoa que atravessa a rua poderá ser surda, podendo, por isso, não ouvir a buzina de seu carro.
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terça-feira, 9 de março de 2010

As Deficiências


"Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de
reconhecer as suas habilidades." - Hallahan e Kauffman, 1994

"Às pessoas portadoras de deficiências, assiste o direito, inerente a todo a qualquer ser humano, de ser respeitado, sejam quais forem seus antecedentes, natureza e severidade de sua deficiência. Elas têm os mesmos direitos que os outros indivíduos da mesma idade, fato que implica desfrutar de vida decente, tão normal quanto possível".
Artigo 3 da Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência

O decreto 3.298, de 20 de dezembro de 1999, Portaria Nº298, de 9 de agosto de 2001, estabelece que "deficiência permanente é aquela que ocorreu e se estabilizou durante um período de tempo suficiente a não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos."

sonhos de gisa: Nem coitadinho, nem super-herói.

sonhos de gisa: Nem coitadinho, nem super-herói.

domingo, 7 de março de 2010

Setor 13: um espaço de inclusão no maior Carnaval do mundo


MINHA TURMA!
No Setor 13 do Sambódromo, palco das escolas de samba, existe um lugar especial. É o espaço de 500m² onde a ampla estrutura de acessibilidade implantada pela Prefeitura assegura a pessoas com deficiência o direito de assistir ao desfile com conforto e segurança, acrescentando ao espetáculo do Carnaval carioca o toque da inclusão social. A área da Passarela Professor Darcy Ribeiro – nome oficial do Sambódromo –, reservada aos espectadores especiais, dispõe de dez banheiros adaptados, praça de alimentação e rampas para facilitar a circulação em todas as dependências.

sábado, 6 de março de 2010

Sonho Impossível


Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

quinta-feira, 4 de março de 2010

Hero - Marah Carey



Herói

Verso Um

Existe um herói,se você olhar dentro de seu coração
Não precisa ter medo do que você é
Existe uma resposta,se você procurar dentro de sua alma
E a tristeza que você conhece irá desaparecer
Refrão
E então um herói surgirá,com a força para prosseguir
E você deixará seus medos de lado,e sabe que pode sobreviver
E quando sentir que sua esperança se foi
Olhe dentro de si e seja forte
E finalmente verá a verdade que existe um herói em você
Verso 2
É um longo caminho,quando você encara o mundo sozinho
No one reaches out a hand for you to hold.
Ninguém estende uma mão para você segurar
Você pode encontrar o amor,se procurá-lo dentro de si mesmo

E o vazio que sentia irá desaparecer
Deus sabe,é difícil ir atrás dos sonhos
Mas não deixe ninguém destruí-los
Se mantenha firme, haverá um amanhã,
No tempo certo você achará o caminho
(Refrão)
Que existe um herói em você...

Que existe um herói em você...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Nem coitadinho, nem super-herói.

Para lograr êxito na busca de uma nova sociedade mais justa e fraterna, as pessoas com deficiência, organizadas em suas entidades representativas, romperam grossas e profundas camadas de preconceitos, existentes desde os tempos bíblicos, e construíram, a partir de um alicerce inovador, uma forma diferente de pensar o deficiente e a deficiência.



Este novo pensar exigiu toda uma nova filosofia de atuação, um novo vocabulário, e — o mais importante — trouxe uma imagem mais real das pessoas com deficiência.


Esta imagem revolucionária tornou-se uma peça imprescindível no edifício da inclusão, já que, até então, existiam conceitos inteiramente equivocados, segundo os quais havia apenas dois tipos de deficientes: o coitadinho e o super-herói.


Basicamente, essas duas imagens são faces de uma mesma moeda. O deficiente coitadinho seria incapaz para tudo, inclusive e especialmente para tomar suas próprias decisões, ou seja, é um ser digno de pena. Já, o super-herói seria digno de grande admiração, em virtude de sua grande coragem e imensa força de vontade.


Estas duas visões — embora diferentes — inspiram, cada uma a seu modo, atitudes sempre danosas para inclusão e a dignidade dos portadores de deficiência. De um lado, a imagem de coitadinho inspira atitudes paternalistas, assistencialistas e caritativas, ou seja, exclui toda noção de respeito aos mais básicos direitos como, por exemplo, o da autodeterminação.


De outro lado, a visão de super-herói induz a que se desconsidere a necessidade de a sociedade remover os obstáculos que dificultam a vida dos deficientes, já que a força de vontade, a coragem e a determinação dessas pessoas seriam suficientes para que fossem bem-sucedidas na vida e, em decorrência, serem integradas à sociedade. Neste caso, a noção de cidadão com direitos também é excluída.


Do coitadinho espera-se submissão, humildade e gratidão. Do super-herói se exige que seja superesforçado, supercompentente, superempregado, enfim, uma superpessoa. Sendo que a admiração pelos super-heróis não dispensa uma certa dose de pena, pois muita vez o que se ouve são frases do tipo: "Coitado, apesar de tudo, veja como ele é corajoso e determinado!"


Substituir essas imagens equivocadas por uma outra mais real não é tarefa fácil, principalmente, porque o preconceito que existe na sociedade em relação aos portadores de deficiência, obviamente, também foi introjetado pelos próprios deficientes que, sem perceberem a armadilha que isso significa, assumem para si essas imagens estereotipadas e passam a adotar posturas tão injustas para si mesmos quanto totalmente contraproducentes para a causa das pessoas deficientes. Portanto, a conscientização da sociedade sobre quem são realmente as pessoas com deficiência tem de incluir, necessariamente, os próprios deficientes.


No Brasil, a demolição das antigas visões e a lenta, mas firme, construção de uma imagem mais real tiveram início quando, no final da década de 70, pela primeira vez, os portadores de deficiência desautorizaram seus antigos porta-vozes — ou seja, os religiosos, os médicos, os psicólogos, enfim, os profissionais e beneméritos de plantão— de falarem por eles. Os deficientes passaram a falar por si mesmos e exigiram ser ouvidos.


Ombro a ombro, com os demais cidadãos, as pessoas com deficiência iniciaram e disseminaram por todo o País uma nova imagem. Tomaram em suas próprias mãos o seu destino.


Embora, os preconceitos ainda estejam muito presentes, permeando as relações entre deficientes e não deficientes, é certo que uma nova postura diante dos cidadãos com deficiência está sendo gradativa, mas sistematicamente, assimilada pela sociedade. Nem coitadinho, nem super-herói. Apenas uma pessoa comum, com potencialidades de desenvolvimento e algumas dificuldades específicas.